Ao definir o cronograma composto por quatro etapas para a regulamentação e entrada em operação oficial do Open Banking, o Banco Central injetou uma dose maior de expectativa no mercado de investimentos ao tornar mais clara a forma como o projeto se desenvolverá até a consolidação do chamado Open Broker.

Agora já é de conhecimento público que a quarta fase, prevista para 25 de outubro de 2021, incluirá investimentos, seguros, previdência complementar aberta e outros itens. Assim, é nesta época que os especialistas acreditam que haverá grandes movimentações com base no novo modelo.

O conceito de Open Broker nasceu de um estudo feito pela CVM em parceria com ITS Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade) no final de 2019. Na ocasião, a instituição buscava formas de tornar o mercado mais eficiente, apoiar novos entrantes e reduzir custos.

A conclusão então foi de que para isso seria fundamental a criação de um único banco de dados usando a tecnologia blockchain no qual possam ser compartilhados não só os dados do investidor, mas também toda a custódia, todos os ativos que ele possui, todos os investimentos, títulos de valores imobiliários e informações semelhantes.

Atualmente essa base de dados é pulverizada sob o controle das corretoras. Isso obriga o mercado a ter elevados custos, por exemplo, com a construção do perfil de risco do investidor. Isso significa saber, por exemplo, se o produto financeiro que ele está adquirindo está adequado ao seu momento financeiro.

Outra fonte de gastos significativos que seriam amenizados com o Open Broker é o chamado Know Your Customer, ou seja, saber se o cliente está exposto de alguma forma. Se ele tem envolvimento com terrorismo ou assuntos relacionados.

Além disso, o Open Broker acelera a transferência de custódia e a portabilidade do investidor. O cliente poderá sair de uma corretora e migrar para outra de forma rápida e sem burocracia.

O modelo imaginado é semelhante a outras iniciativas que já trabalham com blockchain na indústria financeira brasileira. Uma delas é o PIER (Plataforma de Integração de Informações das Entidades Reguladoras). O instrumento integra e interage com diversos sistemas informacionais das três instituições reguladoras (CVM, BC e Susep), contemplando um vasto banco de dados como processos e inquéritos, situação do registro de regulados, indisponibilidade de bens, informações curriculares de administradores e controle e participação societária de regulados e seus administradores.

Outro uso da tecnologia de blocos distribuídos se dá na Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional (RBSFN), criada em parceria entre a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos). Sua primeira utilização apresentada no ano passado permitia o compartilhamento de identificações de dispositivos móveis. Com isso as instituições financeiras poderiam enriquecer seus sistemas antifraude para verificar se um dispositivo específico é confiável ao avaliar, por exemplo, se é um aparelho perdido, furtado ou roubado. Assim se torna possível evitar que o cliente bancário seja alvo de fraudes.

A criação do Open Broker baseada em blockchain acrescenta inúmeros benefícios para o setor de investimentos tanto no que se refere à segurança quanto na agilidade de processos, experiência do usuário e oportunidade de inovação. A regulamentação desta ferramenta já está em movimento e o mercado, como sempre, não irá esperar ninguém.

Para construir a melhor estratégia de negócios e aproveitar todas as oportunidades do Open Broker, entre em contato com a Sinqia: https://bit.ly/2C7m4G6

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