Uma das características mais marcantes dos inovadores é o fato deles estarem sempre pensando no próximo passo. Neste sentido, enquanto a indústria financeira ainda anseia pela chegada de novembro para começar a experimentar na prática as novidades do PIX, já há quem atribua ao novo sistema uma importância ainda maior no futuro. Para estes, a ferramenta não estaria consolidando apenas um modelo revolucionário de pagamentos instantâneos, mas seria também um estágio intermediário para algo ainda mais moderno e disruptivo que é o desenvolvimento de uma moeda criptográfica própria do país, a chamada CBDC (Central Banking Digital Currency).

É o que acreditam alguns pesquisadores do Belfer Center, da Universidade de Harvard. Em um estudo intitulado “Moedas digitais nacionais: o futuro do dinheiro?”, eles citaram o PIX como argumento para colocar o Brasil numa categoria onde se encontram os países em estágios mais avançados da criação deste instrumento.

De uma forma simplificada, a ideia é que as CBDCs sejam a forma digital da moeda fiduciária de um país. Desta forma, ao invés de precisarem imprimir notas de papel e fabricar moedas de metal, os bancos centrais só terão que se preocupar em emitir tokens eletrônicos, cujos valores serão garantidos justamente pela credibilidade atribuída ao próprio governo, já que todo o processo será coordenado pelo seu principal órgão regulador.

O estudo de Havard afirma que para o BIS ( Bank for International Settlements), também conhecido como Banco Central dos Bancos Centrais, com as CBDCs será possível melhorar a liquidez permitindo aumentar a velocidades das transação, enquanto o Banco da Inglaterra observou que pode aumentar o PIB em até 3% ao reduzir os custos de transação.

Já para as economias emergentes, como é o caso do Brasil, as moedas digitais nacionais estão sendo consideradas principalmente como um meio de aumentar a inclusão financeira, ao permitir que os governos incluam populações desbancarizadas na economia digital.

A menção do PIX como um estágio intermediário para a construção da CBDC nacional se deve principalmente ao fato de que este instrumento prestará uma forte contribuição no que se refere à aculturação da população para a substituição do dinheiro tradicional em papel ou moeda pela sua forma eletrônica.

Um estudo desenvolvido pela Boanerges & Cia, consultoria especializada em varejo financeiro, estima que a movimentação de notas e moedas na economia do país deve cair pela metade em dez anos após a entrada em funcionamento do PIX.

Outro indício de que este processo está realmente em andamento no país foi o anúncio feito pela Banco Central em agosto a respeito da formação de um grupo de trabalho para discutir os impactos da emissão de uma moeda digital oficial do país. Na ocasião o BC informou que pretende investigar os alcances de uma CBDC, assim como os benefícios para a sociedade, considerando as especificidades e os desafios do contexto nacional. A iniciativa avaliará, também, como uma moeda eletrônica pode trazer benefícios complementares aos que estão sendo introduzidos com a implantação do PIX.

Entre os objetivos do grupo de trabalho estão ainda a proposição de modelo de eventual emissão de moeda digital, com identificação de riscos, incluindo a segurança cibernética, a proteção de dados e a aderência normativa e regulatória e a análise de impactos da CBDC sobre a inclusão e a estabilidade financeiras e a condução das políticas monetária e econômica.

Esta importância adicional do PIX como fomentador de uma nova moeda digital coloca ainda mais pressão para quem pretende ter um papel relevante na indústria financeira nos próximos anos. Para estes, a Sinqia oferece a mais robusta e flexível solução de PSTI, que permite a bancos, fintechs e outras instituições financeiras aderirem ao PIX de forma rápida, econômica e segura sem a necessidade do desenvolvimento de grandes infraestruturas proprietárias. Entre em contato conosco clicando aqui.

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